Time de Cruzeiro do Sul vencia o Juventus por 2x1 de virada, quando juiz Carlos Roney concedeu um acréscimo de 8 minutos, mas voltou atrás e encerrou o jogo logo após o empate. Houve revolta, polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar torcedores. Crianças e um jogador do Náuas desmaiaram com o efeito dos artefatos.
O que parecia uma noite de glória para o Náuas e seus torcedores no Estádio Arena do Juruá neste domingo (22), terminou em decepção, correria e registros policiais. O time começou perdendo para o líder Juventus, em partida válida pelo Campeonato Acriano. O gol do visitante foi marcado aos 26 minutos do primeiro tempo pelo meio campo, Douglas.
Na segunda etapa, com a entrada do volante Danielson, o Náuas ganhou mais rapidez na saída de bola e apoiado pela torcida, buscou o resultado. Chegou ao empate com um gol do jovem atacante Bina. O garoto de 20 anos chutou no canto esquerdo, para vencer o goleiro juventino. Todas as jogadas de ataque do Náuas, eram concentradas no habilidoso Bina, que em mais uma jogada magistral, deixou dois marcadores para trás, fugiu da falta e quase caindo, bateu cruzado para marcar o segundo dele na partida, para delírio da torcida de Cruzeiro do Sul.
O Náuas conduzia bem o jogo e a vitória parecia certa. Mas, a revolta veio quando o juiz Carlos Roney, sinalizou que daria 8 minutos de acréscimo em um jogo que não teve expulsões e nada de anormal. Aos 49 minutos, o Náuas sofreu o temido empate, com um gol marcado pelo atacante Jô do Juventus. O representante do Juruá ainda correria atrás do prejuízo, mas aos 50 minutos, dois a menos do que havia prometido de acréscimo, o árbitro mudou de idéia e encerrou o jogo para desespero de jogadores, comissão técnica e torcedores.
Muitos torcedores revoltados se concentraram na parte da arquibancada que fica em frente à entrada para os vestiários. Escoltado pela polícia, o trio de arbitragem permaneceu no centro do gramado por cerca de 15 minutos, parecia não confiar na segurança. Com a chegada de mais policiais, Carlos Roney e seus auxiliares partiram em direção ao vestiário cercado pelos militares da Companhia de Operações Especiais. Os torcedores mais próximos a arquibancada atiraram objetos, a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo e usou espray de pimenta para afastar a torcida. Os efeitos dos artefatos lançados se espalharam rapidamente pelas arquibancadas e vestiários. Segundo informações de torcedores que estavam no local, duas crianças desmaiaram, vários adultos passaram mal e o zagueiro Rosivaldo do Náuas, ainda exausto do jogo, também desmaiou.
Houve correria nas dependências do estádio. Muita gente com dificuldade para respirar tentava deixar o local. Pelos menos 55 pessoas, entre torcedores, jornalistas e pessoas que trabalhavam no estádio prestaram queixa na delegacia contra a ação da polícia, tida como exagerada e desnecessária.
Policiais militares que estavam à paisana no estádio e que não querem se identificar, também criticaram a ação dos colegas, já que havia outras possibilidades para contornar a situação, entre elas, esvaziar o estádio após algum tempo, ou a retirada do trio de arbitragem em uma viatura pelo portão lateral.
Veja balanço completo do campeonato estadual no blog acreesportivo.zip.net
Veja balanço completo do campeonato estadual no blog acreesportivo.zip.net
Com informações do site www.tribunadojurua.com - Genival Moura
0 comentários:
Postar um comentário